Todos nós temos dias em que sentimos solidão, mas a própria ideia do sentimento vem da falsa noção de que somos partes separadas e isoladas em um mundo partido, fragmentado, na nossa mente.
Mas como podemos sentir essa separação, viver em isolamento? Quando realmente olhamos para as fronteiras que consideramos sólidas, elas se mostram, de fato, bastante frágeis. Por exemplo,tudo que se passa no ambiente externo é sentido e vivenciado dentro de nós. Quamdo passam-se dias chovendo, aumenta a umidade dentro de nossa casa, dentro de nosso corpo. Já percebeu isso? No Ayurveda vemos isso como um alerta para observarmos nosso fogo digestivo, o agni.
Da mesma forma, quando estamos juntos num trabalho colaborativo, com um propósito comum, a impressão que dá é que somos um, que nossa comum-unidade se expressa com tanta força que não é possível sentir-se só. Cada movimento que fazemos tem um efeito que atinge todas as pessoas ao redor.
Em um nível ainda mais sutil, quando compartilhamos espaço com outra pessoa, muitas vezes captamos sua energia, sentindo como ela se sente e nos sintonizando com ela, quer queiramos ou não.
Não podemos deixar de fazer parte da realidade das pessoas ao nosso redor, porque fazemos parte dessa mesma energia que une toda a vida. Essa energia o que osgrandes místicosnos encorajam a nos movermos, na qual nos dissolveremos quando nos movermos além de nosso ego, nosso eu inferior/idealizado.
Se a solidão é uma condição temporária, baseada em uma compreensão incompleta, podemos tê-la como uma oportunidade para explorar nossas verdades sobre a realidade. Podemos questionar, refletir, sobre os limites que nos separaram da vida dentro e fora de nós. Se os testarmos, descobriremos que, afinal, não são tão sólidos e que nunca podemos estar realmente sozinhos.Que essa vida que pulsa dentro está interconectada com tudo ao nosso redor!!
Somos UM! Namaste.
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