"Um espaço de auto desenvolvimento da consciência ..."Akasha" vem da palavra sânscrita kash, que significa "para irradiar, para brilhar". É também a pausa ou silêncio onde inspiração e exalação se fundem. Este vazio é onde existe a possibilidade de desconstruirmos o eu separado, voltarmos ao INTERSER, a interconexão com toda a Teia da Vida. Vem praticar ao vivo no Zoom com nossa yogasangha!" Mariana Soares, guardiã do Espaço Akasha
sábado, 19 de outubro de 2013
A base da filosofia iogue
“O Yoga não é algo que nós fazemos, mas algo que somos e nos tornamos." Georg Feuerstein
O mais comum no Ocidente é as pessoas iniciarem a prática de Yoga pelos āsana (posturas psicofísicas), contudo, é importante ter em mente a existência de algumas condutas éticas e comportamentais que são os alicerces da prática. São os Yamas e Niyamas, presentes no Yoga Sūtras ("Aforismos do Yoga"), obra clássica do sábio Patañjali. O propósito de complementarem a prática do Hatha Yoga é, justamente, promover a purificação do yogui - aquietando a mente que nos liberta do sofrimento, pois nos orienta em como devemos lidar com o mundo exterior e interior.
Os yamas e niyamas nos guiam em nossos relacionamentos com os outros e com nós mesmos. O mestre B. K. S. Iyengar compara esses oito passos a uma árvore, os yamas e niyamas são as raízes e o tronco, o que dá base a essa árvore, os alicerces da prática. Praticar yoga não significa exatamente realizar asana, começa antes do físico e vai além dele.
Os Yamas (controle ou domínio) são os cinco princípios de conduta ética, ou seja, aquilo que você não deve fazer.
1. Ahimsā – não-violência - é não ferir qualquer ser, nem mesmo a si próprio para provar algo a alguém ou a você mesmo, em qualquer circunstância. Na prática, é importante estar atento para não machucar a si mesmo, respeitando os limites do corpo, estando presente e consciente. 2. Satya – veracidade, não faltar com a verdade - buscar sempre a verdade presente nos pensamentos, gestos e palavras. Ao expressar a verdade do coração, a vida flui com o Universo, em harmonia e equilíbrio.
3. Asteya – não se apropriar do que não é seu - significa não cobiçar ou invejar aquilo que não lhe pertence. Na prática essa condição pode se estende também aos pensamentos. Você não precisa querer ter o corpo ou realizar a postura como outra pessoa o faz. Aceitar seu corpo e seus limites é fundamental para conquistar uma prática verdadeira.
4. Bramacharya – pode ser compreendido como utilizar a energia sexual de forma equilibrada e honesta. Toda a energia pode ser utilizada para nosso “progresso”. Se utilizarmos energia demais só em “desejos mundanos”, pode ser um desequilíbrio. Então experimente ter mais disciplina (abertura ao conhecimento do yoga) e foco para se dedicar a sua prática.
5. Aparigraha – não-possessividade, não-apego - é não ter apego em relação aos bens materiais e relações afetivas. Uma forma de aplicar este yama na prática é tentar “desligar-se” um pouco de sua vida cotidiana, de seus desejos, de suas relações, dedicando tempo para se conhecer, se escutar, se transformar e ser melhor para todos a sua volta!
Niyamas (observância) são os cinco princípios de conduta comportamental, ou seja, o que você deve buscar e vivenciar.
1. Sauchan – purificação - está relacionado à purificação interna. Através de técnicas como pranayamas, canto de palavras sagradas (mantras) e das posturas, busca-se eliminar impurezas do corpo e da mente (e também a purificação do ambiente). Por isso você sente uma tranquilidade, quietude, um equilíbrio no ambiente quando vai a um lugar de práticas, seja um templo budista, um espaço de yoga, uma igreja.
2. Santosha – contentamento - é cultivar um estado interior de permanente alegria, independentemente das circunstâncias externas. Na prática é possível buscar a alegria em cada nova postura, no silenciar, no respirar profundo e lentamente. É só perceber como pode ser prazeroso e não apenas ‘um esforço’ permanecer.
3. Tapas – esforço sobre si próprio, austeridade - tem como objetivo buscar um estado de purificação para que o indivíduo consiga obter o controle do seu corpo indo além dos limites impostos pela mente.
4. Svādhyāya – auto-estudo - o estudo de si próprio através da reflexão sobre a sabedoria das escrituras do Yoga e a aplicação prática desse conhecimento.
5. Īśhvara-pranidhāna – entrega - é entregar as ações e seus frutos a uma vontade superior à própria. Praticar sem desejar nada em troca, sem querer obter ganhos.
Boa prática!
Om Shanti Om.
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